terça-feira, 9 de março de 2010

What's Your Name Neguinho?? /// - codinome buiú


Neguinho??!

Todos nós temos um nome, temos uma fisionomia particular, caráter próprio, ““ destinos diferentes “”. Cada individuo humano é uma pessoa. Parece muito simples isso!

Nós sendo animais racionais e até então considero nossa capacidade de aprendizado infinita. Quando criança, aprendemos a andar e a falar, depois vamos à escola e aprendemos várias coisas, ler e escrever, zuar e dançar o passinho, até de vez enquanto as mais complexas ciências. Aprendemos profissões, aprendemos a praticar esportes, a dançar, a realizar obras de arte, etc.
Quando chegamos ao mundão somos todos, uma espécie de promessa, uma expectativa, sem nome nem figura. A penas um individuo novo. A cada dia um ser novo surge e passa a ocupar um lugar, assim cria uma série de relações. Afinal, para identificar cada criança que chega de surpresa ou não, a princípio dão um nome. Ao invés de dizer: << o neném está chorando>> diremos: << o Raimundo está chorando>>
Assim o neném começa a ser definido, especificado, distinto de todos os outros nenéns.
Todos os brancos quando nascem ganham um nome de batismo, associado ao nome herdado da família.
E nós, até um tempo atrás recebíamos nomes portugueses ou espanhóis, agora com a invasão estadosunidense recebemos também nomes norte-americanos, e associados ao primeiro nome (português, espanhol ou “inglês”) recebemos o nome da família que se tornou seqüestradora ou proprietária de nossos ancestrais.
Ex: nós éramos seqüestrados de nossa terra natal. Chegávamos aqui e recebíamos o primeiro nome. Quem escolhia nosso nome era o seqüestrador ou comprador do nosso corpo. Desconsiderando completamente nossa identidade, o segundo nome, ou sobrenome atribuído a nós, era o da família que nos “comprasse”.
Se você é preto ou se julga “moreninho” saiba que seu sobrenome europeu, o mesmo que você ostenta com orgulho foi uma imposição do seqüestrador aos seus ancestrais com a intenção de fazer sumir todas as características culturais, morais, físicas e sociais dos antigos AFRICANOS.
E ainda hoje carregamos em nós por penitência ou castigo o nome deles. Não dos ANCESTRAIS. Mas, de seus seqüestradores.
Não possuímos nome, não possuímos identidade, nossa realidade não é tão diferente assim. As pessoas de onde eu vim, geralmente passam pelas mesmas ocasiões e circunstancias o que muda é só um detalhe ou outro. Mas a regra é a mesma.

To tentando me achar, to tentando descobrir meu nome, to tentando descobrir o que são esses detalhes. mesmo sendo um ou outro que diferencia as favelas. Na regra geral parece que nascemos com o destino já traçado.

Será?!

Ah, isso tudo deve ser loucura. Deixa pra lá!


To só tentando descobrir meu nome...

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