sábado, 10 de abril de 2010

Sua Capital Seu - Fugere Urbem nós parafernalha, nós nuvem!



NUVENS ENFERRUJADAS


Um monstro feito de pedra, todo cinza por dentro
triste, melancólico, dono do espaço-tempo
artérias-ferrovias, asfalto reveste a péle
suas teorias impedem que eu me rebele
fumaça é seu ar fresco, a rua seu tentáculo
favela seu produto, miséria seu espetáculo
a morte são suas flores brotando em qualquer estação
epidemia impressa em fábrica e facção
expressa-se vulgar, mija esgoto no mar
me cega, kd o céu?! devasta o poder de amar
consumo é sua fonte de "essência" transformadora
seu sangue é o suor da classe trabalhadora
o que sobrar de nós, quem causar encômodo
é devorado pelo monstro e armazenado em seu presídio-estômago

somos o exército de parafernalha que alimenta e combate esse monstro...

seus olhos... cameras de vigilância
sua voz... motores industriais, buzina e ambulância
suas garras... homens fardados
sua língua... dinheiro
seu idioma... suor e sangue
seu ar... fumaça
seu sonho... ferrugens
seu coração... nós a massa
seu pesadelo... as nuvens

Chove Chuva, Chove e Leva Tudo!
é culpa do homem...não é culpa do mundo...

A Natureza também se Vinga!

humildemente...

3 comentários:

  1. Mano, de seu texto maravilhoso peguei um gatilho para atualizar lá o blog do ReNeg. Espero que não se importe!

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  2. Os nossos morrem, mano, quando a natureza extravasa.
    Aos montes.

    Se preocupar com os nossos?
    Eles lá do Topo?
    Pra quê?
    Deixa morrer, tá nascendo mais!!

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