domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Órbita tiJoLo

Exclusão Racial!  - ÓRBITA TIJOLO!

Os euro-brasileiros criaram um mecanismo de manipulação bastante complexo que nos conduz pelos trilhos da alienação até a estação do servilismo. Essa rede ferroviária na verdade é um sistema de exploração baseada no controle e monopólio da propriedade. Onde o euro-brasileiro nos mantém na miséria, cria imagens através de vários mecanismos de que só se dá bem quem trabalha muito. E assim, nos mantém trabalhando muito.

Desde o inicio nós servimos apenas pra servir. E não venha com essa conversinha de que "as coisas estão mudando". Porque só temos oportunidade de viver se for pra continuar fazendo o branco lucrar cada vez mais.
O ancestral que não fosse submisso às ordens de seu seqüestrador era morto. Ainda hoje é aplicada essa mesma lógica aos nossos irmãos. Ao invés de corrente, salário! Ao invés de ração, arroz com ovo! Ao invés de chibata, palavras!
Nosso povo construiu e constrói esse país, enquanto esse país destruiu e destrói o nosso povo!
Desde o início da construção dessa nação chamada brasil. Os euro-brasileiros tentam nos transformar em “máquinas”. Seja pela exploração escravista de ontem, seja pela exploração capitalista de hoje. O fato é que nossa condição atual se dá devido um longo processo de segregação e genocídio, exploração e racismo ativo! Mais vivo do que nunca.
Todo esse distanciamento que sofremos sobre nossa origem e o abafamento do processo de formação da nossa história nos mantém numa condição desfavorável. Estão tentando nos transformar em meros contribuintes de força de trabalho na estrutura social onde a propriedade é do homem branco. Eles usam desse nosso gasto de energia pra nos vender a ilusão de que temos participação decisiva em sua propriedade (empresa, companhia, indústria, negócio, etc). mas...

Uma vez que a empresa pertence às pessoas que investem nela! Os negros e mestiços que são empregados, prestadores de serviços, ou apenas moram na localidade em que a indústria se situa. Permanecem completamente sem voz alguma nas decisões que os investidores (homens brancos) poderão tomar. - zygmunt

A indústria branca, é isso, o poder de reprodução e produção de objetos, idéias e mercadorias baseada nos conceitos e valores do homem branco, como uma tentativa de europatizar a sociedade em que vivemos. Excluindo tudo o que não for de sua origem. Mantendo numa condição subumana as outras raças. Para que nós internalizemos e absorvamos todos os traumas e doenças psíquicas desenvolvidas no processo escravista que nos ronda até os dias atuais. E Como forma de banalizar, distorcer, e não conceder uma atenção grandiosa as origens desse fenômeno esquisofrênico no qual vivemos. A indústria branca desdenhosamente diz que temos complexo de inferioridade, submissidade por natureza e tendência ao trabalho braçal e não o intelectual. Esses apenas são alguns dos grandes truques que mantém nossa população completamente controlada e sendo gradativamente eliminada bem na frente dos nossos olhos. Mas, que o racismo tão poderoso quanto invisível não nos permite ver.


Se você é daqueles com o papo furado de que mora no brasil e não consegue saber quem é preto e quem é branco... é bem simples... pergunte a um policial! aproveite e pergunte também pra onde foram os indios?




*Não vim com a intensão de trazer respostas.


humildemente.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Monstro que devora sonhos /ou/ No ponto Desabafo /ou/ Sagrada Inércia.

A população tá tão cansada, que não acredita em mais Nada!
Nem em Deus, nem no diabo!
Nem no irmão, nem no inimigo!
Nem em mim, nem em você, Nem em si mesma!
Nossas mãos automaticamente se rendem,
Nossas convicções ingênuamente se perdem.
Nossos amores se vão em valores que não nos convergem!
Qualquer coisa é sinônimo pra esperança, antes que tudo se torne fracasso!
O mundo é pra nós embaraço e o cansaço não nos permite viver.

Quanto mais reflexões… menos ações...
Ou será, mera hipocrisia no rumo das soluções?
Quem sabe? Conversa vai, conversa vem...
Cochilo de pé com a pálpebra pesada
minha carteira tá vazia, minha’lma tá desarmada
Explorada frenética, violentada estética,
delírios, devaneio, miséria e dialética, mente.
Mente... mente... mentira!

Ao redor, olha aí, ninguém sorri. Mentira!
Apanha, sente fome, ganha pouco e não sorri. Mentira!
Trabalha, paga conta, bebe alcóol e num sorri. Mentira!
Não chora nem sorri
Num reclama, nem sonha
Não se vinga, não se mata
Só obedece e se envergonha. Mentira!

O dragão conta corrente
Só poupa quem banca o banco
Capital devora tudo
Em contra-cheque ou cheque em branco
Prossegue e vê se melhora... vida pequena...
Se não chegar onde planeja, não diz que valeu a pena!

Se arrasta de joelho
A liberdade é só um espelho
Reflete seu sorriso pra esconder o choro alheio
Quem era pra libertar se prendeu no cinismo
Se corrompeu por poder ou se enganou no altruísmo
Os velhos já não tem mais razões pra serem algo
Os jovens são algo que já não tem mais razões

Autonomia pra realizar, reivindicar, ficou com quem?

Concordar, reprovar, num é mais missão pra ninguém...

Antes, eu sei que você pensava na maravilha do futuro

E hoje? enquanto aguarda a condução lotada no ponto de parada,

Por que você não consegue sonhar com mais nada???

Por que???

Até quando o “metrô” irá conduzir os trabalhadores dessa forma humilhante?

Num cubículo de ferro que mais parece um forno de cozinha, fornalha dos infernos, e ainda dizem que a qualidade de vida anda alí!

Até quando irão parar a condução no treicho que bem entendem pra esperar o tempo que quiserem? Controlar nossa hora, nosso espaço, diretamente nossa vida, e continuar mantendo o trabalhador atrasado. Quantas vezes teremos de ouvir aquela voz irritante dizer -“estamos normalizando o tráfego à frente” quantas vezes teremos de fingir que está tudo bem, tudo normal. Ou permaneceremos pra sempre nessa inércia???

A gente se olha de frente, mas, com um olhar distante. Transpirando suor e cansaço, raiva, pressa e agonia, calados!

Inacreditável nos mantermos calados perante uma situação caótica! A cada investida das empresas em alternativas que não nos contemplam, nem favorecem. permanecemos com aquela cara de turista perdido e o velho pensamento de “reclamar pra que...?”

As corporações nos humilham o tempo todo e a gente mantém firme a cara de idiota incompreendido! Esperando que o outro faça, que o outro inicie, aquilo que gostariamos que acontecesse naquela ocasião.

Quem não conhece o metrô rio. Está convidado a visitá-lo na hora do rush e conferir a politica de submissão voluntária das massas em atividade. Vocês virão milhares de pessoas, empacotadas, em vagões com refrigeração desapropriada para embarque. Suadas, humilhadas, à mercê das ordens do metrô.

A População (você e eu) se mantém completamente omissa e submissa a tudo. infelizmente ...

O mais importante é percebermos que não é apenas o metrô ... mas, todas as empresas em conjunto e como elas influenciam e regulam nossa vida diretamente. Nenhuma respeita o trabalhador! Nenhuma!


Humildemente. Flavio.

Barranco Santo

A luta do povo preto brasileiro é antes de tudo uma luta pela sobrevivência e pelo resgate da dignidade. É também uma luta intensa contra um mito de democracia instalado na cabeça dos brasileiros e fixado para que todos, inclusive nós negros, acredite que aqui não há exploração e racismo!

Nós, como contestadores das imposições e informações classistas e racistas que dominam nosso país. Não permitiremos que a população negra brasileira se afunde acreditando nos conceitos distribuídos pelos produtores da manipulação em massa. Aqui principalmente no rio de janeiro fica muito complicado tocar nessas questões. Porque quanto mais forte é o racismo, mais ele afirma que não existe. Sua força serve em primeiro lugar para induzir sua inexistência! Sendo assim... já que “não existe racismo” no brasil. Os assassínos continuarão usando o racismo como instrumento de dominação e permanecerão a vontade para aplicarem suas políticas genocídas e segregacionistas. Se nós pararmos pra perceber, veremos que esse mesmo grupo de homens são quem estruturam, determinam e organizam a realidade social. como um movimento natural. Mas, que atende apenas aos interesses próprios de uma classe dominante branca racista!

O monopólio da produção permite o controle sobre a realidade. Ou seja, o branco é aquele quem determina tudo o que existe e tudo o que se deve existir na sociedade. Ele é quem produz o mundo real e os objetos desse mundo que o torna real. Assim, ele constroe a noção que se entende como valor. E estabelece o que é bom e o que é ruim. O que deve permanecer e o que não deve permanecer. Enquanto o dominio economico garante o controle social. O domínio ideológico garante o controle mental sobre os tipos de manifestação e reação que a população negra e mestiça terá contra esses dominios.